3.2. Visão Funcional de DLS

DLS pode ser dividido em duas áreas distintas de um perímetro. Em uma área, ficam as pontes/roteadores que suportam DLS, em outra, alguma combinação de LANs, FEPs e os tradicionais periféricos SNA, tais como Controladores de Grupo. Tais periféricos não tomam conhecimento da rede DLS, nem da topologia de interconexão da rede.

Todas as pontes/roteadores DLS estabelecem uma conexão comutada com pontes/roteadores parceiros, necessitando somente protocolo IP ou roteadores multiprotocolos, dispensando a necessidade de suportar DLS. Assim, DLS pode ser adicionada a uma interconexão de rede existente, proporcionando uma estratégia clara para administradores de rede adicionarem tráfego SNA a estas redes.

As pontes/roteadores finalizam o controle de enlace (isto é, SDLC para periféricos SNA tradicionais, e Controle Lógico de Enlace (LLC) para periféricos conecatados a LANs) em um perímetro do DLS, acarretando por isso várias benefícios. Primeiro, sob pesada carga da rede, a ponte/roteador pode regular as transmissões de dados de origem local até que o congestionamento diminua. Segundo, a terminação do controle de enlace previne tagarelice local, tais como polls e mensagens NetBIOS de sinal-de-vida, que só congestionam a rede, ocupando a largura de banda. Outro benefício é a eliminação dos problemas de time-out. Trafego do tipo 3270 opera em curtíssimos intervalos de time-out. Respondendo a polls locais, o roteador elimina o tempo de viagem de propagação na rede para FEPs remotos. A especificação pública do DLS pela IBM, o RFC 1434, pede por uma conexão de transporte confiável, usualmente uma interface de socket TCP/IP, para carregar o tráfego através da interconexão de rede. A diferença em relação ao tunneling em IP pode parecer sutil. Contudo, as implicações são significativas. Devido a conexão estar na camada de transporte (diferente do tunneling em IP, que implementa a abordagem transmite e reza), uma conexão de transporte confiável pode garantir o envio de dados para a ponte DLS parceira. Se um roteador intermediário descartar um frame, o parceiro DLS ira detectar e corrigir esta condição. Como ja foi dito, protocolos de LAN são robustos o suficiente para recuperar pacotes eventualmente descartados. Tráfego SNA, contudo não o é.

DLS utiliza o conceito de anel virtual para ocultar a topologia de interconexão da rede, e suas possíveis mudanças, dos periféricos de roteamento de origem. Em uma rede intermediada com redes token ring, o nodo de origem difunde por broadcast um frame exploratório para descobrir uma rota. Como este frame passa através de cada ponte, a ponte adiciona seu identificador ao frame para permitir ao nodo destino saber de onde veio o frame. O nodo destino retorna a origem todas as copias do frame exploratório que recebeu. Um nodo destino poderia receber multiplas copias caso multiplos caminhos tenham sido percorridos na rede. O nodo de origem examina todos os frames exploratórios retornados e escolhe uma rota baseada em algum critério. Normalmente, o nodo de origem escolhe o primeiro frame explorador retornado. O termo rota de origem provem da escolha da rota pelo nodo de origem.

De fora do perímetro de uma rede DLS, os periféricos de uma rede token ring distinguem todos os periféricos do outro lado do perímetro como estando em um anel virtual. DLS possui a habilidade para suportar o conceito de anel virtual devido à existência de terminações do controle de enlace (no caso, LLC) na fronteira do perímetro da rede DLS. Todos os periféricos dentro da DLS são tratados como se estivessem em um anel virtual, desconhecendo suas conexões físicas com a rede. Os nodos de origem fora do perímetro DLS desconhecem que uma DLS está em operação, ou que estão em uma interconexão de rede, ou que existem múltiplas token rings, ou mesmo que estejam em cascata.

O tráfego DLS pode ser roteado dinamicamente, como o tráfego IP tradicional, através da interconexão de rede sem derrubar a conexão de controle de enlace ou requerer uma nova descoberta de rota.