2.2.2. ROTEAMENTO PELO ESTADO DO LINK

Os protocolos que pertencem á categoria de "roteamento pelo estado do link" fornecem mais informações do que o RIP. Os protocolos de estado do link exigem o uso de um processador mais poderoso para analisar as variáveis e tomar decisões, porém isso não chega a ser um inconveniente já que os microprocessadores modernos oferecem a capacidade necessária de tratamento de dados a preços razoáveis.

Os protocolos de estado do link se baseiam num conjunto de regras lógicas denominadas algoritmo de Djikstra para identificar o caminho mais lento entre a origem e o destino. O protocolo de estado do link mais usado nas redes TCP/IP - que substitui o RIP nas redes mais complexas - é conhecido como Open Shortest Path First (OSPF). O OSPF, desenvolvido em conjunto pela Proteon e por instituições acadêmicas, é definido pelo RFC 1131 como parte do conjunto de protocolos TCP/IP. Várias empresas fornecem produtos com o protocolo OSPF.

Os roteadores que utilizam o OSPF conseguem tomar decisões com base na carga de tráfego, throughput, custo do circuito, e a prioridade de serviço atribuída aos pacotes que se originam ou se destinam a um ponto específico. Eles só transferem as tabelas de endereços quando necessário, e fazem a transferência com mais eficácia do que os roteadores que utilizam o RIP, tendo, portanto, uma excelente convergência.

A divisão de um sistema de interligação de redes em áreas de roteamento menores sob protocolo OSPF não apenas reduz a quantidade de tráfego no backbone como tambem melhora o nível de segurança. Uma vez que a topologia da rede inteira não é transmitida a todos os roteadores, certos segmentos da rede podem permanecer privados a menos que sejam endereçados especificamente. Isso os torna mais resistentes a tentativas eventuais de intrusão ou sabotagem.

O particionamento de grandes redes em áreas de roteamento também melhora a performance global, reduzindo o tráfego entre seus nós. Um recurso do OSPF denominado roteamento pelo tipo de serviço define oito tipos de serviço. Cada tipo pode corresponder a um caminho de roteamento diferente.