PIAGET, J. e INHELDER, B. Da Lógica da Criança a Lógica do Adolescente. São Paulo: Ed. Pioneira, 1976. 260p. (Capítulo I)
No início o sujeito esta centrado no triunfo ou no fracasso, só é importante o resultado final. Posteriormente passa a considerar a trajetória, ou seja, o processo como um todo. Neste estágio o sujeito não analisa cada etapa separadamente. Não há interiorização de suas ações em operações.
Operação Concreta é uma ação interiorizada acompanhada de uma tomada de consciência quanto ao seu mecanismo e suas coordenações.
Devido a não haver tomada de consciência neste estágio o sujeito não percebe as etapas do processo separadamente.
Os sujeitos neste estágio não se limitam mais a agir, mas interiorizam suas ações sob forma de operações, havendo portanto uma tomada de consciência.
O nível II A é o início das operações concretas.
No nivel II B, o sujeito estabelece operações concretas de seriação e correspondência, mas não procuram a razão desta correspondência através de operações formais de implicação,isto é, através das condições do pensamento hipotético-dedutivo.
Embora o sujeito faça o isolamento dos elementos necessários para descoberta das leis, não chegam à construção do conceito nem à verbalização, por não procurarem a razão, ou seja, apesar de possuir todos os elementos da relação lhes faltam ainda as operações formais necessárias para a pesquisa de uma hipótese explicativa.
Neste estágio os sujeitos são capazes de descobrirem as leis, através da verificação ou rejeição de hipóteses.
As condutas do sujeito no nível III A, procuram expressar o fator geral (relações constante) capazes de explicar as correpondências, estando ainda muito perto das correspondências concretas.
O que caracteriza o nível III B é uma nova exigência: a necessidade de encontrar um fator não apenas geral mas também que expresse além das relações costantes, a razão de tais relações.
No pensamento formal tem-se a exigência de necessidade, acompanhada pela capacidade para apresentar hipóteses ou construções hipotéticas não dadas pela observação direta.
A diferença geral entre as operações concretas a as operações formais é que as primeiras são operações passo a passo, sem considerar em cada ligação o conjunto das outras, enquanto que as operações formais, ao contrário consideram em cada caso TODAS as combinações possíveis. Estas operações combinatórias constituem a lógica das proposições.
Os sujeito do Nível II (pensamento concreto) se contentam em notar a correspondência, excluindo as possibilidades, os sujeitos do Nível III (pensamento formal) consideram desde o início, tanto as combinações possíveis quanto as ligações necessárias, constituindo uma construção hipotética-dedutiva.