Burrhus Frederick (B. F.) Skinner

(1904- 1990)


B. F. Skinner nasceu a nordeste de Pensilvania em 1904. Ele estudou Inglês e Línguas Clássicas no Hamilton College onde recebeu seu diploma em 1926. A esta altura de sua vida ele queria ser escritor mas foi desencorajado e entrou para o programa de pós-graduação de psicologia em recebendo seu PHD em 1936. Sua dissertação, considerada um clássico em seu tempo, apresentou as bases para o posicionamento teórico ao qual ele aderiu ao longo de sua carreira.
Neste trabalho ele argumentava que um arco reflexo, um conceito muito debatido na época, era nada mais do que o relacionamento entre um estímulo e uma resposta. Na verdade, todo o comportamento podia ser explicado examinando o estímulo que o provocava.

Depois de terminar a sua pós-graduação, Skinner completou vários estudos em nível de pós-doutorado até que aceitou o cargo de professor assistente na Universidade de Minnesota (1936-1945). Depois de um curto período na Universidade de Indiana (1945-47), ele retornou a Harward onde foi professor de Psicologia até sua morte em 1990.

Skinner é considerado por muitos como a mais importante personalidade da psicologia no século vinte. Suas contribuições foram numerosas e variadas: na educação ele é provavelmente mais conhecido como o originador da instrução programada das máquinas de ensinar e técnicas para modificação do comportamento. Ao longo de sua carreira ele insistiu para que a Psicologia se tornasse uma disciplina científica, empiricamente orientada, devotada à coleta de elevado número de observações de comportamentos e dos estímulos que os provocavam. Ele viapouco uso para a teoria, acreditando que explicações para o comportamento emergiriam de observações empíricas e das generalizações que as descrevessem. Suas posições foram algumas vezes rotuladas como "comportamentalismo radical" em face da intensidade do uso de princícpio exclusivamente comportamentais.

O principal livro de Skinner , O comportamento dos organismos (The Behavior of Organisms) (1938) discutia as bases da sua forma de comportamentalismo, denominado comportamentalismo operante e descrevia o resultado de numorosos experimentos. Sua novela utopiana, Walden II, delineou uma comunidade ideal baseada em seus princípios de condicionamento onde cada aspecto da vida era controlado por um reforço. A ideia de criar uma comunidade utópica continuou a interessar Skinner ao longo de sua vida. O segundo principal livro acadêmico de Skinner, Ciência e Comportamento Humano (1952), aplicou seus princípios comportamentais fora do contexto de laboratório, a aspectos sociais, leis, educação, psicoterapia etc.... Neste trabalho, Skinner enunciou simplismente que o organismo humano é uma máquina e como qualquer outra máquina comporta-se de acordo, em modos previsíveis, em resposta a estímulos externos.

Reconhecendo que este sistema deveria incluir uma análise do comportamento da linguagem em humanos , Skinner publicou em 1957 seu notótrio trabalho,Comportamento Verbal . Este livro foi muito criticado, mais intensamente pelo linguista Noam Chomsky numa devastadora crítica publicada em 1959. Para muitos, Skinner nem seus defensores, jamais respondeu com sucesso às críticas levantadas por Chomsky. Esta crítica é muitas vezes apontada como o início do declínio da influência da psicologia comportamentalista. Entre os muitos livros de Skinner são de particular interesse os livros: A tecnologia de ensinar (1968), Além da liberdade e dignidade (1971) e a trilogia de sua autobiografia (a última parte Uma questão de consequência, foi publicada em 1983).

Em 1958 a Associação Americana de Psicologia reconheceu as conrtibuições de Skinner à Psicologia concedendo-lhe o Prêmio de Contribuição Científica Distinguida. Outras distinções seguram-se: a medalha Nacional em Ciência em 1968, a medalha de ouro da Associação Americana de Psicologia em 1971 e no mesmo ano foi capa da revista Time. A despeito de seus numerosos críticos e de sua posição não tão produtiva em uma larga outra gama de assuntos, não há questionamento sobre a influência e o impacto de Skinner na psicologia contemporânea.

Skinner morreu em 8 de Agosto de 1990 após uma longa luta contra a leucemia. Ele continuou a escrever e a trablhar até quase sua morte. Poucos dias antes de sua morte, ele recebeu um prêmio de reconhecimento por sua carreira pela Associação Americana de Psicologia e apresentou uma palestra de 15 minutos sobre seu trabalho.