Quanto ao processo de avaliação de cursos exclusivamente on-line, estamos diante de um problema com muitas questões a serem consideradas.

Quando o curso envolve aulas presenciais e à distância, creio que os problemas diminuem, porque o professor tem chance de atuar diretamente com sua turma, percebendo as características pessoais que levam a diferentes participações - às vezes alunos que pouco se manifestam estão realmente se envolvendo com os conteúdos que estão sendo trabalhados, por exemplo.

Retornando à questão inicial de cursos apenas on-line, acredito:

• a) que seja fundamental a atuação intensa do professor como moderador incentivando, reconduzindo discussões e até fazendo perguntas diretas para alguns participantes eventualmente;
• b) na importância de um ambiente que permita a participação tanto síncrona como assíncrona com diferentes recursos de interação, para que o aluno possa encontrar aquele em que mais tenha facilidade ou desenvoltura para se manifestar;
• c) e num retorno de como está o desempenho de cada aluno durante o processo de ensino-aprendizagem para situá-lo em relação a si mesmo e a seus colegas.

Mecanismos que tabulam apenas o número de participações não me parecem significativos, apenas indicam a intensidade do uso das listas ou quadros de discussão. Mais importante é o que é dito, que pode ser buscado através de palavras-chaves que estejam relacionadas ao conteúdo em questão, porém mesmo assim há a possibilidade de enganos pois os alunos podem usá-las em assertivas sem maior conteúdo.

A telemática está aí para nos fazer assumir a transformação acelerada na produção, tratamento, acesso e manipulação do conhecimento, e isso em nada facilita a vida do professor - pelo contrário. Exemplos de PBL nos mostram que o trabalho em equipe pode diminuir a atividade do professor, com a distribuição de responsabilidades entre diferentes comissões, mas creio que no momento que vivemos temos é um aumento de tarefas, pois as referidas equipes estão em processo de construção com pesquisas preliminares.

Na avaliação, temos a tendência de reproduzir os processo de checagem de conhecimento que tem sido aplicados até então, sem nos atermos às especificidades do meio que está sendo utilizado (Serão as provas finais os métodos mais indicados?). Creio que o professor deve propor tarefas, tanto individuais quanto coletivas, em que o aluno possa mostrar o seu potencial, construído com o auxílio do grupo, na resolução de problemas aplicando as suas experiências prévias em situações novas.

Por enquanto, é isso.

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	 Eny Maria Moraes Schuch
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