Gerência de Rede

Devido à grande importância da informação e consequente proliferação das redes de computadores, as quais visam facilitar a
comunicação e reduzir custos, tem-se a necessidade de controlar e garantir a continuidade do fluxo das informações.
Visando-se sobretudo a eficiência e produtividade da rede. Portanto, a tarefa de gerenciamento de redes é o de controlar e
administrar uma rede de comunicação, seus serviços e aplicações, preocupando-se com seus recursos de hardware e
software. Visando a redução de custos, facilidade de uso, aumento na velocidade de transmissão, redução nas perdas, entre
outros aspectos.

O gerenciamento de redes envolve tanto a inicialização dos serviços de SW e HW da rede quanto a manutenção e
reconfiguração dos mesmos para estarem aptos a funcionarem corretamente segundo sua função e requerimentos de serviço.
Segundo modelo proposto pela ISO, há diversas áreas a serem monitoradas em redes de dados. Elas podem ser agrupadas
sob os conceitos de gerenciamento de falhas, para indicar se um sistema está funcionando ou não, gerenciamento de
configuração cujo principal objetivo é monitorar informações de configuraçãodo dos sistemas que compõe a rede para que os
efeitos da operação de diversas versões de hardware e software possam ser mantidos e gerenciados, gerenciamento de
contabilidade que visa medir os parâmetros de utilização da rede para que usuários individuais ou grupos de usuários possam
ser regulados, controlados e cobrados apropriadamente, gerenciamento de performance que compreende o monitoramento e
o controle da rede para que ações corretivas possam ser tomadas em casos onde a performance da rede está caindo a níveis
inaceitáveis e por fim o gerenciamento de segurança, talvez o mais difícil de ser obtido, responsável por controlar acessos aos
recursos da rede de tal forma que a rede não possa ser intensionalmente ou não sabotada.

O objetivo da gerência de redes é de planejar, controlar, supervisionar e monitorar de forma eficiente e confiável, qualquer
atividade de uma rede de computadores.

A ISO desenvolveu um modelo OSI de uma arquitetura de gerenciamento baseado na teoria de orientação a objetos. Assim o
sistema representa os recursos gerenciados através de entidades lógicas, as quais recebem a denominação de objetos
gerenciados. Esse modelo adota uma abordagem agente-gerente.

Já no modelo TMN, empregado pelas operadoras de telecomunicações no gerenciamento de suas redes, o termo
gerenciamento de redes diz respeito apenas à um subconjunto de procedimentos relacionados ao conjunto de operações
responsáveis por dar sustentamento ao grau de serviço e eficiência da rede.
Portanto, o termo gerenciamento de redes pode possuir definições distintas dependendo do cenário e do tipo de operações
requeridas em cada um destes cenários específicos.
Considerando que um sistema de gerenciamento é composto de uma plataforma e aplicações de gerenciamento, na escolha de
um sistema de gerencimento podemos seguir os seguintes passos:

Um ponto interessante a ser discutido é a escolha da plataforma posterior a escolha das aplicações de gerenciamento. As
aplicações de gerenciamento normalmente realizam as tarefas que a plataforma de gerenciamento não é capaz, ou seja,
tipicamente tarefas de gerenciamento específicas de cada dispositivo. Se a plataforma fosse escolhida antes das aplicações de
gerenciamento, poderia ser possível que não encontrássemos aplicações de gerenciamento que integrassem com a plataforma
escolhida.

Em geral, sistemas de gerência de redes têm a mesma arquitetura básica, composta dos seguintes elementos:

     estação (ou estações) de gerência de rede (Network Management Station ou NMS): roda a aplicação chamada
     de "gerente", que reúne informações sobre os dispositivos gerenciados pelos softwares "agentes". Tipicamente possui
     um console de controle com uma interface gráfica para interação com o administrador da rede;
     dispositivos (ou objetos) gerenciados: pode ser qualquer tipo de "nodo" residente em uma rede, como um
     computador,  impressora ou roteador, e não necessariamente elementos de hardware (podem ser aplicações de
     software);
     agentes: fornecem informações sobre o dispositivo gerenciado para o gerente e podem também aceitar informações de
     controle;
     protocolo de gerência: protocolo usado para troca de informações entre gerente(s) e agentes;
     informações de gerência: dados trocados entre gerente(s) e agentes, que permitem o monitoramento e o controle de
     um objeto gerenciado
 

Gerenciamento de redes tem a tarefa de colocar e manter uma rede em funcionamento, controlando as operações realizadas
na e sobre a rede, de modo a obter melhor relação custo/benefício entre performance, racionalização e atendimento das
necessidades do usuário.

Um sistema de gerenciamento de redes consiste de quatro níveis funcionais:
Objetos Gerenciáveis - são os dispositivos ou sistemas que deseja-se monitorar, podem ser qualquer porção de hardware
ou funcionalidade fornecida pela rede, que permitam algum tipo de monitoramento.
Sistema de Gerenciamento de Elementos - são as aplicações que operam sobre os objetos gerenciáveis, com funções
específicas de gerenciamento.
Gerente de Sistemas de Gerência - são os ambientes que integram os dados obtidos pelos sistemas de gerência de
elementos, e através do monitoramento desses dados, disparam alertas.
Interface com o usuário - é a principal parte na construção de um sistema de gerenciamento, é onde os alarmes e alertas são
apresentados ao gerente de rede.

É importante avaliar as reais necessidades no gerenciamento de redes, de forma a fazer um correto dimensionamento da
solução a ser utilizada. Caso contrário, podemos superdimensionar o problema, gastando muitos recursos desnecessários, ou
subdimensioná-lo, fazendo com que as informações coletadas não possam ser utilizadas de forma significativa para melhorar
os serviços fornecidos pela rede e diminuir o tempo em que o sistema fica indisponível para o usuário.

Quem gerencia o sistema de gerenciamento e garante que ele está funcional em um dado instante?

Um sistema de gerenciamento de redes deve ter seus objetivos guiados pelas necessidades da organização, procurando
solucionar problemas pertinentes a sua rotina de operação.

Poderíamos dizer que a correta utilização de recursos em rede, sem o prejuízo de nenhum usuário, com o melhor desempenho
possível, é a principal tarefa de gerenciar redes. Esse gerenciamento pode ou não ser automatizado, sendo que pode haver 4
formas distintas: partindo do modo "reativa" , onde primeiro aguardamos ocorrer a falha para então realizar a intervenção, até
a pró-ativa. O texto a ser analizado revelou alguns aspectos positivos, como ser politicamente correto (ele/ela), lembrou
conceitos de outras áreas da Ciência da Computação (Engenharia de Sw - formas de reportar erros; IA, etc); o foco
sistêmico no gerenciamento; dicas finais relativamente relevantes.Não cita diretamente, mas o uso de Estatística para apoio 'a
gerência é outro aspecto positivo.Dentre os aspectos onde poderia melhorar, a ênfase é muito grande em Sistemas de
Informação; ademais, o autor vai e volta nos níveis (ora faz colocações sobre sistemas de informação, ora busca o mesmo em
níveis mais baixos); talvez o texto teria ficado mais clarao, se fosse apresentado anteriormente a figura 9. Há ainda uma grande
ênfase em produtos comerciais.