Modelo de Sistema T.130


A infraestrutura para suportar a manipulação de streams em tempo real (switches, mixers, transcoders, etc) tipicamente existe juntamente com elementos de rede(tais como MCUs/Multipoint Control Units, Gateways, MCs/Multipoint Controllers, MPs/Multipoint Processors e Serviços de Conferência), assim como o poder de processamento e habilidades para executar e coordenar a manipulação de tais streams. Por outro lado, terminais possuem uma limitada capacidade de processamento de streams (codecs) e poder de processamento. As recomendações T.130 refletem essas diferenças através da adoção de um Cliente-Servidor como modelo com complexidade terminal mínima.

A figura 01 mostra o escopo de um modelo dentro dos padrões T.130 (indicado pelas linhas cheias a esquerda da figura) e a relação entre cada uma das recomendações , assim como outros componentes do sistema. Este é um modelo aplicado igualmente a terminais e elementos de rede, sendo diferente em termos de complexidade de seus Controladores de Nodo e implementações de controle audio video (Audio Video Control - AVC).

Figura 01 (Click na figura para aumentar)

Os protocolos T.130 são levados dentro de canais de dados T.120 (canais MCS/Multipoint Controller Service), onde audio e video streams são transportados em canais lógicos independentes devido aos requisitos de transmissão de fluxos de informação em tempo real. O padrão T.130 se ajusta de forma compatível com sistemas tais como o H.323 onde audio e video são distribuídos independentemente de controle (T.120) de dado assim como sistemas que transporte todo tipo de midea dentro de um multiplex comum (H.320, H.324). T.130 também é compativel com DSM-CC o qual prove recursos funcionais para gerência e um método para compartilhamento de recursos de rede tais como processadores AVC SDB, com diferente provedores de serviço de conferência.

 

Classificação de Nodos AVC

Os nodos que utilizam o serviços AVC são denominados de Teminais, onde a regra básica para terminais é iniciar uma requisição para serviços AVC em nome do usuário. Os nodos que participam da gerência e provisão de servições AVC são denominados elementos de rede AVC e são responsáveis pela arbitragem de acesso aos serviços AVC e gerencia de recursos associados. A comunicação entre elementos de rede AVC a fim de realizar serviços AVC é transparente aos terminais AVC. Em conjunto os elementos de rede AVC podem ser considerados como sendo uma "MCU virtual" (Multipoint Control Unit Virtual), uma vez que se comporta efetivamente como uma entidade simples do ponto de vista de terminais AVC. A figura 02 ilustra o tipo de interação entre nodos AVC.

Figura 02 (Click na imagem para aumentar)

Abaixo seguem algumas classificações de elementos de rede de acordo com a funcionalidade a que estão relacionados:

Multipoint Processor (MP) - Entidade que prove a troca de stream em tempo real ou funcionalidade de processamento a conferência.

Multipoint Controller (MC) - Entidade que gerencia o uso de recursos na conferência.

Multipoint Control Unit (MCU) - Entidade conjunta MC e MP associado.

Gateway - Entidade que suporta comunicação através dos limites de uma rede possibilitando translação e/ou conversão de formato para protocolios de controle e/ou streams de midea.

Multipoint Provider - Entidade que prove algum serviço a conferência.

Terminais AVC implementam um subconjunto limitado de funcionalidade aos elementos de rede AVC , uma vez que em conferência ponto a ponto um dos terminais é requisitado a realizar algumas dastarefas de um elemento de rede AVC. Além disso podem participar como nodos convencionais ou nodos anônimos, ao contrário de elementos de rede AVC que participam somente como nodos convencionais e os nodos que não suportam AVC podem participar na gerência de uma conferência utilizando AVC se um elemento de rede do tipo AVC for capaz de substituir (proxying) esees elementos.

 

Topologia AVC

AVC permite a cada nodo possuir uma conexão audio visual direta com qualquer outro nodo dentro da conferência e não impõe requisitos para streams de midea entre nodos adjacentes a fim de compartilhar o mesmo link físico, o que entretanto poderia ser tipicamente o caso. Além disso direntes topologias para audio e video são possíveis se streams de tempo real são independentemente roteados.

 

Modelo de Sistema para um Nodo de Conferência

A figura 03 ilustra o relacionamento entre AVC e os componentes com os quais interage a fim de gerenciar a infraestrutura audio-visual.

Figura 03 (Click na imagem para aumentar)

Um nodo possui pelo menos um provedor AVC para cada conferência multimidea na qual participa. Para cada conferência na qual seus nodos são participantes um Provedor AVC nomeia como se fosse uma APE (Application Protocol Entity) a fim de advertir sua presença em seus pontos. Entretanto, o Cliente-Servidor como relacionamento entre Terminais AVC e Elementos de Rede significa que seu procedimento difere substancialmente de protocolos de aplicação par a par. Como tal, pode ser considerado como sendo um exemplo de novo tipo de protocolo de aplicação, ou seja, um Protocolo de Aplicação de Gerenciamento (Management Appliocation Protocol).