Reduções de Tapé


reduções jesuíticasA igreja Católica despertou bem sedo na busca de fieis no Novo Mundo. Um ano depois da descoberta de Colombo, o papa já dava faculdade extraordinária ao Frei Bernardo Boil para desenvolver atividades evangelizadoras junto aos Índios.

Em 1549 chega ao Brasil o padre Manuel da Nóbrega. Os jesuítas portugueses foram os primeiros a chegar até o sul, mas não foram alem de Tramandai.

O jesuíta não trabalhava somente por motivo religioso, também para conquistar território para seus governos.
mapa com linha definida pelo tratado de tordesilhas
Pelo Tratado de Tordesilhas o Rio Grande do Sul pertencia à Espanha, mas cada vez mais a região era tomada pelos portugueses. Devido ao avance dos portugueses, o Governo do Paraguai sugere ao Rei Felipe II a colonização do território com os próprios Índios, reunindo em reduções ou Missões, para facilitar a vangelização e se proteger do inimigo e ter as vantagens comercial dessa ocupação.

Em 1626 depois de 6 anos de tentativas o Padre Roque Gonzáles de Santa Cruz, Superior das Missões do Paraguai consegue atravessar o rio Paraguai, funda o primeiro núcleo de povoamento estável no Rio Grande do Sul, a Redução de São Nicolau do Piratini, criando a mapa das missõesProvíncia de Tape, iniciando assim o grande projeto de catequização dos Índios Guaranis pela Companhia de Jesus.

Nesse primeiro ciclo missioneiro espanhol que durou 15 anos, os jesuítas exploraram todo o território do Rio Grande do Sul e chegaram até o Atlântico, através de uma cadeia de Reduções, fixando-se principalmente na margens dos rios.

As Reduções formavam estâncias de criação de gado e trabalhavam na agricultura. Iniciando assim uma grande criação de gado e cavalos, futura base da economia no território. Junto com os índios, desenvolveram a técnica de criação e pastoreio.

Em algumas Reduções, alguns Índios se revoltavam contra os padres missionários e os matavam.

Alguns anos mais tardes, por falta de africanos escravos para trabalhar nas Minas e nos Engenhos de açúcar, os bandeirantes portugueses começavam a invadir as Reduções para caçar os índios, os quais eram vendidos aos donos das Minas e dos Engenhos, para usa-los como mão de obra escrava, e assim começou a rondar o medo entre os índios. Para caçar os índios os Bandeirantes usavam arma de fogo, os índios ainda não conheciam esse tipo de arma.

As reduções organizadas pelos jesuítas no interior do continente foram, para os paulistas, um presente dos céus: reuniam milhares de índios adestrados na agricultura e nos trabalhos manuais.  No século XVII, o controle holandês sobre os mercados africanos, no período da ocupação do Nordeste, interrompeu o tráfico negreiro. Os colonos voltaram-se então para o trabalho indígena. Esse aumento da procura provocou uma elevação nos preços do escravo índio, considerado como "negro da terra", e que custava, em média, cinco vezes menos que os escravos africanos. O bandeirismo de preação tornou-se, assim, uma atividade altamente rendosa. Para os paulistas, atacar as reduções jesuíticas era a via mais fácil para o enriquecimento.

A partir de 1619, os bandeirantes intensificaram os ataques contra as reduções jesuíticas, e os artesãos e agricultores guaranis foram escravizados em massa. No entanto, muito antes de surgirem os primeiros aldeamentos na bacia do Prata, os paulistas já percorriam o sertão, buscando na preação do indígena o meio para sua subsistência.

ataques dos bandeirantes

Diante dos ataques, os jesuítas começaram a recuar para o interior e exigiram armas ao governo espanhol. A resposta foi nova ofensiva, dessa vez desencadeada pelas autoridades de Assunção (Paraguai), que possuíam laços econômicos com os colonos do Brasil. Mesmo após o término da União Ibérica, em 1640, quando os guaranis finalmente receberam armas dos espanhóis os paulistas foram apoiados pelo bispo D. Bernardino de Cárdenas, inimigo dos jesuítas e governador do Paraguai. Os reinos ibéricos podiam lutar entre si na Europa; no entanto, as "repúblicas" comunitárias guaranis eram o inimigo comum de todos aqueles que estivessem interessados na exploração sem limites das terras americanas.

bandeiras de preação


Mais detalhes sobre a história das missões jesuíticas


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