Evolução dos Padrões de Interface

Com a finalidade de normalizar as facilidades de comunicação em todo o mundo, foram criados alguns órgãos para desenvolvimento de padrões comuns associados aos serviços de telefonia internacional.

Dentre os padrões de interface, o CCITT (Comité Consultatif Internacional Telegraphique et Telephonique) V.24/V.28 e o EIA (Eletronic Industries Associaton) RS-232 C são os mais conhecidos.

O CCITT, uma das instituições mais atuantes neste segmento, é responsável pelas recomendações da série V que são adotadas pela maioria dos fabricantes de modems.

No item Recomendações CCITT é apresentado um resumo das recomendações que constam no Yellow Book da CCITT.

A EIA é um órgão que representa grande parte dos fabricantes da indústria de equipamentos eletrônicos dos Estados Unidos. O trabalho da EIA na normalização é altamente reconhecido, e muitos dos seus padrões e normas foram adotados por outros órgãos especializados no assunto.

O RS-232 C é um padrão recomendado, publicado pela EIA em 1969. O número 232 representa o número de identificação de um determinado padrão de comunicação, e o sufixo C designa a última revisão feita a esse padrão.

O padrão RS-232 C e os padrões estabelecidos pelas normas CCITT V.24 e V.28, são muito semelhantes, e diferem basicamente apenas na nomenclatura da pinagem da interface.

No final do anos 70, a EIA pretendeu substituir gradativamente o padrão RS-232 C por um conjunto de três padrões: o RS-449, o RS-422 e o RS-423. Eles foram projetados não só para permitir taxas de transmissão de dados mais altas que as obtidas com o RS-232 C, como também para proporcionar uma maior funcionalidade. Embora a EIA e vários outros órgãos governamentais tenham firmemente promovido o padrão RS-449, sua adoção pelos fabricantes tem sido limitada. Reconhecendo o fato de que a adoção universal do RS-449 e seus padrões associados era basicamente impossível, a EIA produziu o RS-232 D (revisão D) em janeiro de 1987 e um novo padrão conhecido como RS-530.

As maiores diferenças entre o RS-232 D e o RS-232 C são as seguintes:

- A nova revisão aceita operações de teste para os equipamentos de comunicação remota e local através do uso de sinais compatíveis com essa função.

- A nova revisão modifica o uso do condutor Protective Ground (Terra de proteção, pino 1 da interface) para fornecer uma forma de blindagem.

Geralmente, os dispositivos criados para os padrões RS-232 C e RS-232 D, são compatíveis com os dispositivos criados para os padrões CCITT V.24/V.28.