O segundo conjunto de fatores relacionados ao design do conteúdo é a organização da informação na tela.
A teoria cognitiva do layout foi formulada para descrever como a informação pode ser representada em diferentes maneiras na tela.
Foram descritas áreas funcionais na tela que representam a dedicação de áreas de tela específicas para padronizar tarefas informativas.
Este conceito é similar à noção de janelas e dos ambientes de janelas. Janelas podem ser definidas como as "áreas da tela que fornecem uma vista particular de alguns objetos de dados no computador". Os ambientes de janelas consistem, conseqüentemente, nas janelas, paletas, ícones, botões e ferramentas associadas com uma interface particular que permita o usuário interagir com e reorganizar as várias fontes de informação disponíveis.
O uso destes objetos foi uma característica padrão do design da tela do computador desde o advento da Graphical User Interface (GUI).
Layout cognitivo é uma representação complexa dos elementos e do relacionamento entre os elementos que aparecem na tela.
Todas as janelas são usadas para representar ou exibir informação e podem ser usadas para expandir a quantidade de informação disponível à memória de trabalho. Em alguns casos, esta informação é apresentada diretamente na tela, enquanto em outros, a informação está implícita ou suposta existir em alguma outra posição na memória do computador ( não-visível ).
As janelas podem ser definidas pela forma, função, ou se são explícitas ou implícitas. As formas físicas das janelas relacionam-se ao design de suas regiões e layout na tela. As funções das janelas relacionam-se à representação da informação inerente na janela ou pensada pelo designer. A janela ser explícita ou implícita é determinado pela habilidade ou pela necessidade do usuário de ver fisicamente os conteúdos da janela. Por exemplo, a área de transferência do computador é implícita, enquanto que a área de trabalho e documentos são explícitas.
As janelas têm uma variedade de funções, dentre elas destaca-se:
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navegacional : servem como apoios direcionais ou de navegação; |
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organizacional : ajudam o usuário a relacionar ou organizar a informação em regiões; |
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explicativa : ajudam o usuário fornecendo orientação ou treinamento independente; |
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metafórica : empregam uma metáfora para representar ou simbolizar uma operação ou um conceito informativo. |
Em cada uma destas funções, as janelas ajudam o usuário a desenvolver uma imagem ou organização mental do conhecimento que está sendo apresentado. Além disso, as janelas podem ser colocadas sob o controle do designer para representar ou modelar alguma organização previamente determinada, ou podem ser colocadas sob o controle do usuário, e neste caso a janela pode ser reorganizada para adequar-se ao modelo mental próprio de um usuário específico dessa informação.
Em ambientes hipertextuais como o WWW, as várias páginas e os frames dentro de uma única página servem à mesma função, indicando ao usuário que informações diferentes existem em locais diferentes no site ou na web. Nesta maneira, a representação pessoal do usuário da organização do conhecimento disponível dá forma a um modelo mental exclusivo da informação que é usado pelo visitante para ajudar no processamento e codificação do conhecimento na memória de longo prazo, assim como guardar este conhecimento na memória de trabalho para o uso subseqüente. Esta interpretação da informação pelo usuário pode funcionar como uma ferramenta cognitiva poderosa que pode ser usada para facilitar o processamento mais profundo de novos conhecimentos.
As janelas podem também servir a uma função negativa se forem usadas de maneira desorganizada ou ocasional. Pesquisas mostraram que a exibição demasiada de muitas janelas podem distrair, especialmente usuários inexperientes, e sugerem uma média de 3,7 janelas abertas em qualquer momento.
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