Elaboração
de mapas conceituais
Propõe-se a seguinte estruturação para a construção
de um mapa conceitual seguindo o princípio de diferenciação
progressiva, adaptado de KAWASAKI (1996):
-
escrever dentro de um retângulo o conceito
principal do conteúdo a ser apresentado em forma de hiperdocumento;
-
ao redor do primeiro retângulo, dispor outros
retângulos contendo nomes de outros assuntos diretamente relacionados
ao conceito principal;
-
ligar cada retas direcionais ou bidirecionais
e
escrever junto a cada seta uma palavra de ligação
que sugira a relação entre os dois conceitos;
-
se houver dois conceitos ou mais, ligados ao conceito principal e que possuam
alguma relação entre si, ligá-los entre si através
de setas direcionais ou bidirecionais e escrever a relação
existente entre os conceitos;
-
repetir o procedimento até que todos os conceitos relevantes para
o objetivo proposto tenham sido representados.
White e Gunstone ( apud NASA Class Room of the Future Project, 1997)
propõem uma seqüência de etapas que auxiliam a construção
de um mapa conceitual usando cartões onde vão sendo escritos
os conceitos e idéias :
-
Escreva os termos ou conceitos principais que você conhece sobre
o tópico selecionado. Escreva cada conceito ou termo em um cartão
-
Revise os cartões, separando aqueles conceitos que você NÃO
entendeu. Também coloque de lado aqueles que NÃO ESTÃO
relacionados com qualquer outro termo. Os cartões restantes são
aqueles que serão usados na construção do mapa conceitual.
-
Organize os cartões de forma que os termos relacionados fiquem perto
uns dos outros.
-
Cole os cartões em um pedaço de papel tão logo você
esteja satisfeito com o arranjo. Deixe um pequeno espaço para as
linhas que você irá traçar.
-
Desenhe linhas entre os termos que você considera que estão
relacionados
-
Escreva sobre cada linha a natureza da relação entre os termos.
-
Se você deixou cartões separados na etapa 3, volte e verifique
se alguns deles ajustam-se ao mapa conceitual que você construiu.
Se isto acontecer, assegure-se de adicionar as linhas e relações
entre estes novos itens.
Os mapas podem tornar-se muito complexos e requererem um bom tempo e muita
atenção para sua construção, mas eles são
úteis na organização, aprendizagem e demonstração
do que você sabe algum tópico particular.
Um mapa conceitual pode ser considerado um nível
do hipertexto e ser interligado a outros mapas conceituais sobre o assunto
ou assuntos correlatos.
Os mapas conceituais assim construídos ficam com uma estrutura
aproximadamente hierárquica. Para distinguir-se o conceito mais
abrangente, basta procurá-lo no topo da lista. Sua construção
deve permitir que a passagem de um bloco de informações para
outro só seja possível depois que o aluno tiver subsunçores
adequados para seguir em frente, utilizando-se de exercícios que
possibilitem medir o nível de aprendizagem do indivíduo,
definindo o roteiro principal do programa, isto é, aquilo que o
aluno deve realmente estar apto a fazer após estudar aquele roteiro.
Segundo KAWASAKI (1996), a escolha de determinadas informações
em detrimento de outras, depende de três fatores:
-
adequação de uma mídia para apresentar determinado
tipo de informação, já que uma mesma informação
pode ser apresentada de diversas formas;
-
perfil dos aprendizes: alunos não alfabetizados ou deficientes visuais,
por exemplo, podem determinar a elaboração de um software
totalmente narrado;
-
recursos materiais disponíveis para a utilização do
programa. A utilização de material muito sofisticado além
de necessitar mais tempo e pessoal especializado requer equipamento adequado.
Para o mesmo autor, é importante:
-
escolher o tema a ser abordado;
-
definir o objetivo principal a ser perseguido;
-
definir a apresentação dos tópicos, colocando-os numa
seqüência hierarquizada com as interligações necessárias;
-
dar conhecimento ao aluno do que se espera quanto ao que ele poderá
ser capaz de realizar após a utilização do processo
de aprendizagem;
-
permitir sessões de feedback, de modo que ao aluno seja possível
rever seus conceitos, e ao professor avaliar o instrumento utilizado, de
modo a enfatizar sempre os pontos mais relevantes do assunto, mostrando
onde houve erro e promovendo recursos de help.
Deste modo, os mapas conceituais são excelentes recursos que auxiliam
na aquisição de novos conhecimentos e podem ser usados por
professores e alunos de maneira tradicional, isto é, no quadro de
giz e no caderno, mas melhor ainda quando utilizados no computador que
possibilita a interatividade, bem como um atendimento personalizado, num
ritmo estabelecido pelo aluno.
Alguns autores (GAINES e SHAW, 1995) estão preocupados com o
desenvolvimento de ferramentas que auxiliem na construção
dos mapas conceituais.