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Conclusão

Para a realização deste trabalho foi feito um estudo abrangente de vários utilitários disponíveis, suas funções e seus mecanismos de funcionamento, com teste extensivo de cada um pois a documentação sobre eles nem sempre reflete seu estágio real, e, alguns parâmetros ou não reproduzem o resultado esperado ou não produzem resultado algum. Tais observações fazem parte dos menus de help dos utilitários incluídos no SAFO.

As dificuldades encontradas na elaboração do protótipo foram várias, entre elas a adaptação da linguagem gráfica ao SAFO, pois foi necessário reorganizar o "esqueleto" montado pelo GUIDE. A chamada das rotinas a partir do módulo principal exigiu muitas manobras de programação, devido ao grande número de parâmetros utilizados que variam de execução para execução. O encaixe automático de um novo utilitário no sistema exigiu a utilização de vários ponteiros e funções de movimentação para reajustar a estrutura do sistema novamente de forma absolutamente transparente para o usuário. As subrotinas de reconhecimento das chaves e regras também foram problemáticas, necessitando de inúmeros testes para adequar e concatenar os diversos "strings" das mensagens com as suas respectivas chaves de erro. Para solucionar o posicionamento incorreto da informação final na janela Assistant , os dados foram "mapeados" numa espécie de matriz para possibilitar a recuperação dos dados de forma correta. Outro processo, não menos trabalhoso, foi lidar com a escasses de informação especializada para fazer parte do arquivo de recomendações.

Após superados os obstáculos, o trabalho desenvolvido atende aos requesitos que [TER 87] e [STI 94] citam serem importantes numa ferramenta de gerenciamento de rede, como: a) performance - a sua utilização não deve sobrecarregar o sistema; b) realizar coleta de tráfego - deve ser capaz de capturar as mais variadas informações; c) apresentar facilidade de uso - quanto mais simples sua utilização, maior será o seu uso; d) custo de instalação e operação - devem estar dentro de níveis aceitáveis; e) flexibilidade com relação a extensão da rede - deve ser capaz de acompanhar o crescimento da rede sem necessidades de updates ou reconfiguração; f) independência de hardware e software - quanto mais `portável' for o aplicativo, melhor; g) O NMS (Network Management System) deve ter capacidade compatível com a rede a ser gerenciada; h) O NMS deve possuir interface gráfica.

O trabalho atingiu todos os objetivos propostos inicialmente como auxiliar nas tarefas de gerenciamento e reduzir as dificuldades encontradas pelos administradores, tais como:

6#6 a grande diversidade de utilitários disponíveis, que atendem um ou outro aspecto da rede. Para minimizar este problema, o sistema integra num único sistema de janelas, os utilitários selecionadas com uma interface mais amigável, proporcionando facilidade de inclusão e exclusão de utilitários no conjunto, sem esforço de programação, permitindo com isso uma constante atualização da ferramenta SAFO.

6#6 dificuldade de uso destes utilitários. A interface gráfica do sistema apresenta o conjunto dos utilitários de forma mais ergonômica, facilitando seu uso. Apresenta também um temporizador de execução dos utilitários, para facilitar na monitoração constante da rede, em background. A saída dos resultados decorrentes da execução dos utilitários pode ser feita em monitor e/ou arquivo;

6#6 falta de tempo para estudo destes utilitários. Alguns utilitários são tão complexos que exigem leitura de manuais imensos e a realização de muitos testes. Para minimizar este problema, o SAFO oferece um conjunto de helps on-line:

- genérico ( tela principal), apresentando o utilitário como um todo;

- específico ( janela de cada utilitário), apresentando o utilitário em si e seus parâmetros, em detalhe, evitando que a sintaxe e os vários parâmetros específicos inerentes a cada utilitário inibam seu uso; permite também a inclusão de texto nos arquivos de help;

6#6 dificuldade de interpretação dos resultados apresentados. A falta de uma compreensão correta dos resultados praticamente anula o objetivo do utilitário. Para auxiliar nesta tarefa, proporciona a função Assistant que auxilia na interpretacão dos resultados decorrentes da execução anormal dos utilitários- ( a execução normal consta no help on-line), e, sempre que possível, interage com um arquivo de recomendações, sugerindo o que o operador pode fazer para tentar solucionar o problema.

Todas estes benefícios fazem do SAFO uma ferramenta realmente útil para auxiliar os administradores de rede nas várias tarefas de gerenciamento, tornando seu trabalho mais ágil e menos complexo . Um ponto extremamente gratificante é verificar que outros gerentes, que realizaram testes do protótipo, também compartilham desta afirmação, conforme apresentado no capítulo anterior.

Como continuidade do trabalho é sugerido a conclusão da versão para Linux/Motif ( algumas alterações já foram testadas); A integração do SAFO com outros softwares de gerenciamento como SunNet Manager, HP Openview e Netview/6000; Acrescentar ao sistema um módulo de documentação dos equipamentos da rede, visto que outros aplicativos de gerenciamento não oferecem esta possibilidade e, por último, agregar ao SAFO um sistema de IA, para que venha a ter a capacidade de aprendizagem autônoma.


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Gabriel Silva Bornia
1999-10-07