Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Universidade Federal do Pará
Mestrado Interinstitucional em Ciências da Computação
Tutorial - Especificação ITU H.323 - Gatekeepers
4.3.
Gatekeeper
Um Gatekeeper é o componente mais importante de
uma rede H.323. Ele age como o ponto central para todas as chamadas dentro de
sua zona e provê serviços de controle de chamada para estações registradas.
Em muitas implementações, um Gatekeeper H.323 age como um interruptor virtual.
Gatekeepers executam duas funções de controle de
chamada importantes. A primeira é tradução de endereço dos apelidos de
terminais de rede e gateways para endereços IP ou IPX, como definido na
especificação da RAS. A segunda função é administração de largura de
banda, que também é designada dentro da RAS. Por exemplo, se um gerente de
rede especificou um limite para o número de conferências simultâneas na rede,
o Gatekeeper pode recusar fazer mais algumas conexões uma vez que o limite é
alcançado. O efeito é limitar a largura de banda total da conferência, para
alguma fração do total disponível; a capacidade restante permanece para
e-mail, transferência de arquivo, e outras atividades da rede. A coleção de
todos os Terminais, Gateways e MCUs administrados por um único Gatekeeper é
conhecida como uma Zona H.323 e mostrado na Figura 4.
Figura
4
Um opcional, mas valiosa característica de um
gatekeeper, é sua habilidade para rotear chamadas H.323. Pelo roteamento de uma
chamada através de um gatekeeper, um serviço pode ser controlado mais
efetivamente. Provedores de Serviço precisam desta habilidade para faturar as
chamadas registradas pela suas redes. Este serviço também pode ser usado para
redirecionar uma chamada para outra estação se uma estação chamado está
indisponível. Além disso, o gatekeeper é capaz de rotear chamadas H.323
podendo ajudar nas decisões que envolvam balanceamento entre gateways múltiplos.
Por exemplo, se uma chamada é roteada por um gatekeeper, este
gatekeeper pode redirecionar a chamada para um dos muitos gateways
baseados em alguma lógica de roteamento proprietária.
Enquanto um Gatekeeper é logicamente separado das
estações H.323, os fabricantes podem incorporar funcionalidades de Gatekeeper
na implementação físico de Gateways e MCUs.
Um Gatekeeper não é requerido em um sistema
H.323. Porém, se um Gatekeeper está presente, os terminais têm que fazer uso
dos serviços oferecido por eles. RAS define estes como endereços de tradução,
controles de admissões, controles de largura de banda e administradores de
zona.
Gatekeepers também podem representar um papel em
conexões multiponto. Para apoiar conferências de multiponto, usuários
empregariam um Gatekeepers para receber Canais de Controle H.245 de dois
terminais em uma conferência de ponto-para-ponto. Quando a conferência troca
para multiponto, o gatekeeper pode redirecionar o Canal de Controle H.245 para
um Controlador Multiponto, o MC. O Gatekeeper não necessita processar a
sinalização H.245; só precisa passar ela entre os terminais ou entre os
terminais e o MC.
Redes que contém Gateways também podem conter um
Gatekeeper para traduzir endereços E.164 entrantes em Endereços de Transporte.
Porque uma Zona é definida por seu Gatekeeper, entidades H.323 que contêm um
Gatekeeper interno, exigem um mecanismo para desabilitar a função interna, de
forma que quando há entidades múltiplas H.323 que contêm um Gatekeeper em uma
rede, as entidades podem ser configuradas na mesma Zona.
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Cássio D. B. Pinheiro |
Dezembro 2000 |