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Introdução

Nos últimos tempos tem aumentado de forma significativa o número de computadores que, mesmo sendo de diversos fornecedores e tendo arquiteturas diferentes, estão sendo interligados. Devido ao grande número e a velocidade com que as redes estão surgindo e se conectando a outras já existentes, tornou-se necessário realizar um gerenciamento destas, tarefa bastante complexa devido ao caráter distribuído dos elementos a monitorar e gerenciar.

A agilidade dos dias atuais exige redes cada vez mais rápidas, de maior porte e muito mais confiáveis. Isso significa que estas passam a necessitar de um controle muito mais eficaz, que deve atender aos requerimentos de todo o ambiente. Assim, umas das maiores preocupações dos profissionais da área é exatamente a construção de uma solução de gerenciamento integrado que supra a necessidade de controle das redes atuais e que possibilitem o crescimento para um futuro sempre " mais próximo" e em constante transformação. Essa tarefa faz com que os profissionais passem por algumas fases obrigatórias com aspectos complexos a serem considerados.

Inicialmente, esses profissionais devem se preparar para os desafios inerentes ao negócio da empresa, a começar pelo fato de que este negócio, seja ele qual for, está cada vez mais dependente da perfeita operação da rede. Hoje já não é mais possível tolerar quedas na rede e os períodos em que esta permanece " fora do ar". Outro aspecto a ser considerado é o constante crescimento das redes e os seus novos requerimentos de performance. A banda disponível encontrada nas redes atuais sofre uma tremenda "pressão". Isto é causado pelo crescente número de usuários, que são simplesmente incluídos em redes já existentes e que estão, ou estavam, operando satisfatóriamente. Soma-se a isso a constante evolução das tecnologias, cada vez mais rápidas e que aumentam muito a capacidade de processamento dos dispositivos da rede, pricipalmente os desktops.

Ainda nesse contexto, deve-se considerar o comportamento das aplicações que trafegam pela rede, as quais mudaram muito desde os simples processadores de texto e planilhas eletrônicas até as transmissões de vídeo e multimídia atuais. Essa mudança reflete diretamente na performance da rede, já que a banda requerida passa a ser muito maior e os downtimes muito mais críticos.

Para tentar atender as inúmeras funções, a tarefa de gerenciamento de redes foi dividida em Áreas Funcionais, definidas pela arquitetura de gerenciamento OSI [LEI 93]:

Gerenciamento de Falhas: é o processo que permite localizar problemas ou falhas e envolve os passos de descoberta do problema, isolamento do problema e resolução. Deve permitir também a antecipação de falhas;

Gerenciamento de Configuração : oferece meios para estabelecer parâmetros de operação de rede e meios para coletar, apresentar e alterar sua configuração;

Gerenciamento de Segurança: controla o acesso as informações da rede. Tem como objetivo gerenciar as facilidades, os serviços e os mecanismos de segurança, de modo a proteger os recursos da rede contra ameaças e violações;

Gerenciamento de Performance: possibilita selecionar e usar indicadores adequados para medir o desempenho de uma rede, oferecendo subsídios, quando necessário, para redimensionar os seus recursos ou alterar o seu modo de operação, de forma a melhorar o seu desempenho;

Gerenciamento de Contabilização: permite determinar o índice de utilização dos recursos da rede, definir as escalas de tarifação associadas para obter os custos envolvidos.

As funcionalidades definidas para cada uma dessas áreas são implementadas dentro do contexto de uma arquitetura de gerenciamento, que pode ser aberta ou proprietária [CAR 95].



 
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Gabriel Silva Bornia
1999-10-07